Pamukkale, o castelo de algodão turco

Estava bem ansiosa para escrever este post, pois Pamukkale foi especial pra mim desde a primeira foto que vi pela internet. De fato Pamukkale foi uma das razoes que me fez pensar em ir à Turquia.

Após ver a imagem de balões sobrevoando a Capadócia, descobri que este local ficava na Turquia e pesquisando mais sobre o país, a segunda foto que vi e me impressionou foi uma de Pamukkale. Como poderia existir uma paisagem daquelas? Seria tão bonito ao vivo quanto nas fotos?

Ainda bem que tive a oportunidade de conferir e posso dizer que me surpreendi, pois o local é tudo e mais além do que eu imaginava e havia visto em imagens. Acredito que se você decide conhecer a Turquia, Pamukkale é destino obrigatório!

Antes de chegar às famosas piscinas de águas termais em Pamukkale, passei por outro lugar histórico e bem interessante localizado dentro do mesmo Parque: Hierápolis, um sítio arqueológico greco-romano  e que juntamente a Pamukkale foi declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Nada contra visitar Hierápolis até porque  eu adoro história e sítios arqueológicos, porém acredito que teria aproveitado melhor se tivessem invertido e deixado esta parte para o final;tamanha era minha ansiedade.

Começo então falando sobre Pamukkale!

PAMUKKALE: COMO É O COMO SE DEU SUA FORMAÇÃO?

Pamukkale é uma palavra turca que significa Castelo de Algodão. Não é muito difícil de adivinhar o porquê deste nome não é?

Pois então, as enormes pedras brancas que muitos pensam ser geleiras são formadas de carbonato de cálcio, presente na água termal que desce pelas cascatas. Com o tempo esta água se solidificou formando as pedras calcáreas em formato de degraus e com grandes bacias que formam lagos na cor azul. Essas piscinas são termais e a água chega a 35º, atraindo muitas pessoas em busca do efeito curativo dessas águas para muitas doenças. Aliás, Pamukkale e suas águas termais já era um local procurado desde a Antiguidade quando era considerado um Spa por Romanos e personagens ilustres como Cleópatra.

Para pisar nas rochas brancas você precisa estar descalço ou pode deixar seu calçado separado num deck que existe antes das piscinas. O ideal é ir com roupas de banho, pois há algumas piscinas ,não tão rasas, que é possível se banhar. Prepare-se para sentir o pé doendo, porque não é fácil andar sobre aquelas pedras duras e com medo de escorregar ao descer as cascatas.

Existem partes delimitadas por uma corda, não devendo ultrapassar e há guardas fiscalizando.

Li e ouvi boatos de que as águas de Pamukkale haviam secado, mas como vocês podem ver pelas fotos, isso não aconteceu. Talvez dependendo da época possa haver menos volume de água, mas fui bem no final do verão que é uma época seca, então acredito serem apenas boatos.

A PISCINA DA CLEÓPATRA

Próximo às pedras de mármore travertino de Pamukkale existe a chamada Piscina da Cleópatra também com águas termais que chegam a 36ºe que de acordo com a lenda, era frequentada pela rainha do Egito que acreditava no poder curativo e rejuvenescedor daquela água, que ficou conhecida então como Fonte da Beleza. Essa piscina fica em um local separado e para nadar nestas águas entre colunas da época do Império Romano é necessário pagar uma taxa de 25 liras.

Recomendo demais você fazer isso. A água é realmente muito quente, tanto que não é permitido ficar mais de 2 horas se não me engano porque pode haver efeitos colaterais. Engraçado que sai até fumaça da água.

Enquanto estávamos lá choveu mas nem sentimos nada porque estávamos na água quentinha!

A sensação é muito boa e só de imaginar que a famosa Cleópatra já esteve lá dá um contexto maior à experiência.

Só tome cuidado com as colunas que ficam na piscina pois cheguei a bater a perna, joelhos e tornozelos várias vezes. 😛

QUANDO IR A PAMUKKALE?

Pelo que li e pesquisei o ideal é pegar o verão entre agosto e início de setembro para poder aproveitar o passeio sem chuva e sem aquele calor exagerado.

Quando fui era dia 23 de setembro e o tempo já não estava dos melhores, tanto que choveu no dia do passeio, mas por sorte a chuva começou após eu ter visitado as piscinas termais e o monte de Pamukkale, o que prejudicou a visão e a cor da água.

O final da tarde é especial pelo pôr do sol que deixa um colorido incrível nas rochas brancas.

HIERÁPOLIS

Hierápolis que significa cidade sagrada está nos arredores de Pamukkale e é caminho obrigatório para ter acesso às piscinas termais e as pedras de travertino.

São ruínas de uma cidade greco-romana que os antigos acreditam ter sido fundada pelo deus Apolo. Muitas ruínas são impressionantes como o Anfiteatro que possuía capacidade para 20.000 pessoas, a Necrópole com várias tumbas e os Banhos Públicos.

Adoro visitar sítios arqueológicos porque sempre temos a oportunidade de vivenciar um pouco da história e acontecimentos daquele local e um fato contado pelo guia que nos acompanhava ficou na minha mente: Todas as ruínas romanas na Turquia ou não possuem muitos locais destinados aos Banhos Públicos que eram frequentandos provavelmente pela parcela mais rica da população que tinha os banhos como hobbys, inclusive muitos morriam de ataques cardíacos ou problemas de pressão por passar tanto tempo dentro da água que era quente. Outra coisa que adoravam fazer para passar o tempo era comer… Imagina que eles chegavam a regurgitar a comida e assim voltavam a comer novamente. É, a falta de tv e internet levavam esse povo ao extremo!

Como disse no início, infelizmente estava focada em conhecer Pamukkale então não pude extrair daquele lugar tudo o que ele tinha a me oferecer. Minha dica é reservar um dia inteiro para conhecer o Complexo Hierápolis-Pamukkale, pois só as ruínas de Hierápolis estão espalhadas por cerca de 1,5km.

Existe também um Museu em Pamukkale com diversos artefatos encontrados nas ruinas de Hierápolis. Infelizmente não tive tempo de entrar nele. Acredito que a melhor coisa a se fazer para aproveitar melhor Pamukkale é se hospedar na cidade por uma noite.

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Inclusive tempo é uma palavra-chave porque eu e minha amiga iríamos pegar naquele mesmo dia à noite o ônibus para a Capadócia e metade das pessoas do nosso tour iriam para outro local, então o guia já estava querendo ir embora, sendo que nem tínhamos entrado na piscina da Cleópatra ainda. Resolvemos então ficar mais tempo e ir sozinhas até a agência de turismo que nos levaria até a rodoviária. Sorte que conhecemos alguns amigos japoneses que falam português(?), a qual a já contei a história aqui e fomos juntos em direção a nossa próxima aventura: CAPADÓCIA!!!