Certamente você já deve ter escutado aquele lema que diz que para saber se alguém é seu amigo de verdade, experimente viajar com ele para ter certeza. Não poderia deixar de concordar, afinal já passei pela experiência de finalizar “amizades” após uma viagem, mas felizmente também já aconteceu o contrario, ao deixar entrar em minha vida novos amigos conhecidos graças a experiências de viagem e também ao fortalecer amizades que jà existiam.
O que acontece é que em uma viagem, inevitavelmente, você se torna mais próximo das pessoas que estão compartilhando contigo esse momento, seja ao dividir um quarto de hotel/hostel ou lidar com atrasos de voos e demais imprevistos e perrengues e é aí que você percebe como aquela pessoa reage frente a problemas e situações que até então não haviam sido compartilhadas durante a amizade. Você passa a conhecer a pessoa de verdade, seus hábitos, seu modo de pensar e enxergar o mundo e as outras culturas. Da mesma forma você também mostra mais quem é você e então podem surgir algumas faiscas na amizade.
Confesso que já passei por 2 situações diferentes, algumas onde sei que fui impaciente e praticamente joguei no lixo uma boa amizade, e outra em uma viagem internacional que tive a companhia de 2 pessoas que fizeram de tudo para estragar os bons momentos da trip.O resultado é que descobri que uma delas, a qual achei que fosse amiga, não era e nem estava interessada em ser e a outra não deveria ter entrado em minha vida, na minha viagem. Mas enfim, acontece e assim como os perrengues não existe uma forma de prever os acontecimentos ou de voltar atrás.
Depois de ter passado por uma experiência desagradável nesse sentido, comecei a dar ainda mais valor às viagens solo, afinal não precisaria ficar aturando stress em uma viagem que seria para relaxar e ao viajar sozinha eu atraio pessoas que estejam na mesma vibe que eu, que valorizem a independência e o amor por viagens!
O ruim de passar por problemas semelhantes durante a viagem com as pessoas que te acompanham é o fato de que as lembranças de lugares incríveis estarão lado lado com momentos ruins ao relembrar do local.
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Utilize os links dos nossos afiliados logo a seguir para conseguir descontos em hospedagens, seguro viagem, ingressos e muito mais!Estava refletindo e tentando entender se poderia dar algumas dicas para evitar que problemas desse tipo ocorram, mas aí me dei conta de que não existe uma fórmula ou pelo menos eu ainda não a descobri :p. Então, resolvi deixar as mágoas de lado e focar nas coisas boas que aconteceram comigo em viagens, casos em que encontrei pessoas realmente legais pelo caminho! Separei alguns exemplos:
1- Quando fui fazer o meu intercâmbio na Austrália, na cidade de Perth, fechei com a agência um transfer que me buscaria no aeroporto e me levaria até à residência estudantil onde passaria o primeiro mês. Saí do Brasil, pelo aeroporto de Guarulhos em São Paulo e a escala foi na África do Sul. Seriam mais de 6 horas de escala, mas como o primeiro voo atrasou, o tempo foi reduzido para cerca de 3. Entre as andanças pelo aeroporto, resolvi sentar na área de embarque para descansar um pouco e um rapaz que estava por perto começou a puxar papo, perguntando para onde ia e contei que estava indo à Perth, onde faria intercâmbio. Ele me contou que era de lá e então começamos uma conversa básica sobre viver lá, minhas expectativas e tal até que chegou o momento do embarque. Meu assento era logo nas primeiras fileiras e o dele no final do avião. Nos despedimos e desejamos boa viagem um ao outro. Quando desembarquei do avião, reencontrei o rapaz australiano novamente na fila da imigração e trocamos mais algumas palavras. Fomos pegar as malas juntos e ele me perguntou como sairia do aeroporto. Contei sobre o transfer e aí ao sairmos na área de desembarque eu reparei que não havia ninguém ali com o papel com o meu nome! Bateu um leve desespero, mas o rapaz super solícito se ofereceu para ligar para a escola usando seu celular e perguntar se alguem estaria ali me esperando. A surpresa foi que eles disseram que confundiram as datas (?) ou seja, não havia ninguém ali me esperando e se não fosse esse rapaz, não teria como entrar em contato com a escola, afinal meu telefone ainda era do Brasil e provavelmente teria gastado uma boa grana em tàxi. Foi então que ele me contou que seu irmão o pegaria no aeroporto e que eles poderiam me dar uma carona e eu aceitei, afinal ele foi super legal comigo e eu tive uma primeira impressão boa. Daí agora vocês devem estar pensando, ah, o cara, estava flertando contigo, mas não! Ele era gay e inclusive me contou isso quando perguntei por onde ele esteve viajando. O mais impressionante depois de tudo é que quando fui agradecê-lo ele me disse algo bem legal: “Imagine, eu sempre sou tao bem tratado quando viajo que acho que tinha de retribuir de alguma forma“ Foda! Eu acredito muito nisso também! Se você ajuda pessoas pelo caminho durante uma viagem sem pedir nada em troca o universo vai te corresponder depois!
Depois ainda fiquei amiga desse rapaz e do irmão e eles me levaram com outra amiga brasileira pra conhecer uma praia super bonita de Perth e tomar uns drinks!
2– Eu já estava planejando meu intercâmbio para a Austrália, mas queria aproveitar antes de ir para conhecer alguns lugares do Brasil, então em cada feriado de 2013 tentava encaixar alguma viagem de acordo com o meu orçamento. Num desses resolvi ir para a Ilha Grande no Rio de Janeiro e não consegui convencer amigos a me acompanharem. Sem problemas, decidi ir sozinha mesmo! No hostel em que fiquei conheci a Bárbara que estava no mesmo quarto que o meu e ficamos amigas desde então. Ela é carioca e já a encontrei algumas vezes por lá quando fui ao Rio e ela me encontrou em São Paulo. Inclusive, antes de eu ir viajar para a Austrália, ela enfrentou 6 horas de bus do Rio a SP, na ida e volta no mesmo dia apenas para comparecer ao meu churrasco de despedida na minha casa!
3- Num dos outros feriados de 2013 resolvi ir a Morro de São Paulo e também acabei indo sozinha. Logo no começo da viagem encontrei 3 franceses no barco de Salvador a Morro, 1 cearense e duas paulistas. Ficamos amigos e durante todos os dias ficamos juntos, indo a festas, fazendo passeios, almoçando, jantando! Foi demais, como se fôssemos amigos de longa data e no final, a viagem que faria sozinha, fiz na companhia de pessoas muito legais e divertidas!
4- Já conhecia a Natália há muito tempo, desde quando havíamos trabalhado juntas e sempre nos víamos cerca de 1 ou 2 vezes ao ano. Mas em 2013 encontramos várias similaridades e uma delas foi a paixão pelas viagens. Nossa amizade avançou rapidamente assim que começamos a fazer algumas viagens juntas, curtas como ao Guarujá na querida Praia do Éden ou incontáveis bate e voltas a Taubaté e Rio de Janeiro! Nessas viagens ganhei novos amigos como o Renan e a Roberta que abriram as portas de suas casas para mim sem me conhecerem bem e também o Paco, um amigo chinês que esta morando em São Paulo, que fala português e que toda quarta fazia um jantar em sua casa para nós!
São muitos os casos, mas o que quero dizer é que as amizades em viagens surgem inesperadamente. Muitas vezes elas duram apenas o momento da viagem e depois cada um vai para o seu lado, mas as boas lembranças permanecem. Em outras vezes, elas se transformam em reais amizades, sem fronteiras entre cidades e até mesmo países. Sou muito grata por experiências como essas, que acabam dando cada vez mais o combustível para continuar viajando e acreditando nas pessoas, afinal viajar é também ter historias não é?
E você, jà teve experiências ruins que geraram uma inimizade ou ao contràrio tem uma història bacana para contar de amizades que rolaram em viagens? Divida com a gente aqui nos comentários. 🙂
Tenho vontade, mas raramente viajo sozinho. Dessa forma não tenho tantas histórias a contar. Gostaria de conhecer vários locais, e não o faço, por vezes, por falta de companhia. Um abraço.
Olà Itamar, realmente a decisao de fazer uma viagem sozinho não acontece facilmente, mas eu aconselho você a tentar, porque ir te abrir um novo mundo de possibilidades! Abraços!